IDEAIS HIGIENISTAS SÉC. XX
IDEIAS HIGIENISTAS SÉCULO XX
No século XIX chegou ao Brasil um novo ideal cuja preocupação central era a saúde. Era a tendência pedagógica de Educação Física escolar conhecida como “higienista”. Nas primeiras décadas do século XX, tal época histórica abrangeu o marco da Primeira Guerra Mundial e, no Brasil, o baixo nível de saneamento básico e as mazelas sociais fizeram com que o desenvolvimento da Educação Física higienista estivesse ligado às preocupações das elites com os problemas advindos da crescente industrialização do período final do Império e de toda a Primeira República. Nesta época, houve um impulso significativo da industrialização e consequentemente um avanço incompatível da urbanização com a infraestrutura das grandes metrópoles. Este cenário derivou um surto de inúmeras doenças, altos índices de mortalidade infantil, bairros atravessados por uma série de problemas de saneamento básico, bem como uma suposta falta de reflexão da população, sobretudo da parcela referente aos trabalhadores operários, em relação às profilaxias e às condições de saúde.
Resumidamente, Bracht (1999) pondera que Educação Física era “Alvo das necessidades produtivas (corpo produtivo), das necessidades sanitárias (corpo “saudável”), das necessidades morais (corpo deserotizado), das necessidades de adaptação e controle social (corpo dócil).” (p. 71). Castellani Filho (2003) menciona que “[...] os higienistas lançaram mão da Educação Física, definindo-lhe um papel de substancial importância, qual seja, o de criar o corpo saudável, robusto e harmonioso organicamente [...] acabou contribuindo que [...] este corpo fosse eleito representante de uma classe e de uma raça [...]” (p. 43). FONTE: https://www.efdeportes.com/efd171/educacao-fisica-higienista-discursos.htm acesso em 17/05/2014